Rosa vermelha sem espinhos.
Sou casamenteira desde 1998 e sempre recebo ligações de pessoas interessantes e ela me contou um resumo da sua vida amorosa quando me ligou pela primeira vez, havia saído de um casamento frustrante, onde o companheiro era chato, desagradável, passava dos limites no consumo de álcool, mas há muito tempo atrás havia se casado, acreditando que o casamento seria até que a morte os separasse, com este homem, ela o conheceu casualmente num corredor da faculdade.
Ela me contou que tentou, que chorou muito, que lutava pelo casamento contra a ideia de um dia se separar deste homem,
por causa dos dois filhos que haviam tido e pela promessa feita diante de toda a família e de Deus.
Fez terapia, pediu ajuda aos amigos, tentou diversas vezes alertá-lo que se ele continuasse agindo daquela forma ela pediria o divórcio,
mas ele só piorava. Cada dia mais estupido, mais chato e mais alcoolizado. Até que um dia o que determinou o fim do casamento foi a traição dele.
Ela sofreu muito, nem dormiu aquela noite, antes de tomar a decisão de separar.
Se descabelou, ensopou travesseiros e viu que havia perdido alguns anos de sua juventude tentando consertar o que não tinha conserto.
Ficou perdida em pensamentos, “mas não deixou a peteca cair” por mais de um ano, antes de saber o que fazer da sua vida afetiva.
Quando sentiu solidão e vontade de tentar de novo, de encontrar outro homem em sua vida, fez buscas de agencias de namoro
na internet, encontrou a Agência Par, navegou pelo site, pensou que se um dia fosse escolher uma agencia de casamento para encontrar
um namorado seria assim. Por pura coincidência em uma viagem, conheceu uma pessoa, amiga de uma prima, esta pessoa indicou o nosso trabalho,
com seriedade, respeito e comprometimento. Decidiu no mesmo momento que assim encontraria o seu par. Se inscreveu na Agencia Par,
iniciou um regime, entrou em uma academia e resolver se cuidar. Foi correta, pontual.
Ficamos meses sem conversar, mas a confiança dela foi muito importante.
Bom tempo depois, pelo telefone, e com o coração cheio de esperanças, voltamos a conversar, ela com 10 quilos menos,
enviou novas fotos para atualizarmos seu perfil. Pelas fotos dava pra ver a mudança pra melhor em sua vida. Os cabelos e os olhos brilhavam.
Neste meio tempo fizemos diversas buscas direcionadas para ela e nada, sempre havia um detalhe qu impossibilitava
nos pretendentes que tinham afinidades. Ela foi vivendo a sua vida e melhorando a cada dia, sua autoestima havia se recuperado,
começou a se gostar mais, se achar bonita.
Acontecia Olimpíadas no Brasil, naquela manhã gelada, em que ele telefonou, educado, conversou bastante e enviou sua ficha de inscrição,
estava com o coração recheado de esperanças e o seu cérebro repleto de certezas que encontraria um amor para caminharem juntos
pela estrada da vida, uma boa mulher... bem humorada, inteligente, sincera, carinhosa, companheira.
Brasil desencantou e Argentina foi eliminada dos jogos olímpicos no dia que se falaram pela primeira vez, falaram de lugares que conheceram,
de livros que já leram, dos pratos preferidos, até ai os gostos coincidiam. Conversaram nos outros dias também.
Por uma semana conversaram antes de se encontrar. A conversa fluía, resolveram se encontrar.
Ele procurava um amor, viajou vários quilômetros e marcaram um encontro para jantar.
Ela se encheu de coragem, sabia o que queria e que estava fazendo a coisa certa, estava buscando a sua felicidade.
Ao chegar no restaurante viu um homem a sua espera. Ele assim que a viu foi em sua direção trazendo nas mãos uma rosa vermelha, sem espinhos.
Foi amor à primeira vista e a sétima audição!
Eu e meu marido ficamos agradecidos em participar da História de Amor de vocês.
Gratos,
Roseli e André Carvalho