Uma Baiana e um Japonês.
Ela, que procurava um namoro sério, se inscreveu na Agência Par, vinte e nove anos, nascida na Bahia, budista de cabelos encaracolados e falante, de fala tranquila, ela dizia que não se importava em esperar, também dizia que não estava a espera de beleza, procurava um homem que a valorizasse e que desse importância para as datas. Um homem bom, amigável, respeitador, confiável, cheiroso, cavalheiro e o mais importante que fosse japonês! Para este encontro ela esperaria o tempo necessário, pois queria realizar o sonho de encontrar um companheiro oriental e se casar. Ela me contava dos passeios em igrejas e em festas japonesas (Bon Odori - uma festa que simboliza gratidão pela boa colheita e celebra as almas dos antepassados através da dança ao som dos tambores tÃpicos japoneses (taiko), das flautas de bambu (fue)e do canto em estilo min’yo. Foi também a Matsuri - festivais tradicionais que ocorrem em diversas localidades, participou de várias comemoraçôes da Festa da Cerejeira - costume tradicional japonês para contemplar a beleza das flores. De boné e camiseta foi a Undokai - reunião ou encontro de esportes- que frequentava na esperança de encontrar seu companheiro. Mas apesar das participações em festividades, na sua cidade e outras, não tinha conseguido encontrar alguém com estas caracterÃsticas. Ela já o esperava há bastante tempo, quando ele se inscreveu na Agência Par. Ele procurava uma mulher que entendesse a cultura oriental, que gostasse e participasse das festividades e apreciasse a gastronomia japonesa. Ao ter conhecimento do perfil desta baiana, de alma oriental, ficou curioso e quis conhecê-la. Depois do primeiro jantar ele não resistiu aos seus encantos, os cabelos castanhos da mesma cor que os seus olhos e um sorriso que contagiava qualquer ambiente. O namoro começou ali mesmo, naquele restaurante, entre o Sushi, Sashimi e algumas doses de Saquê o primeiro beijo. Alguns meses depois oficializaram a união e alteraram o status para casados.